A HORA DA PREVIDÊNCIA PRIVADA
A carteira de investimentos administrada pela indústria de previdência privada deve crescer 25% este ano em relação a 2011, conforme dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).A previsão é de que essa carteira de investimentos alcançará R$ 1 trilhão em até cinco anos, lembrando que em 1992 o patamar era de R$ 3 bilhões.
A taxa de juro real abaixo de 3%, a queda na taxa de desemprego e o consequente aumento na renda são fatores que têm impactado no crescimento das arrecadações da previdência privada. Outro dado importante é que boa parte do aumento na carteira atual se relaciona à elevação nos aportes mensais de planos já existentes.
Além disso, os benefícios fiscais relacionados aos planos de previdência VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livre) e PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livre) representam uma enorme poupança; logo, um adicional em relação a outros tipos de investimento de longo prazo.
O ex-ministro da Previdência José Cechin, hoje consultor previdenciário, lembra que outra vantagem é que obriga o poupador a pensar no futuro e programar sua aposentadoria, pois quanto mais tempo o dinheiro permanece aplicado, menor é a tributação de IR. "Quem optar pela tributação regressiva, é vantagem sacar só depois de seis anos, porque nesse prazo o IR será de 25%, inferior aos 27,5% cobrados da pessoa física. Se ficar mais de dez anos, o imposto cai para 10%", explica. Inclusive, o ex-chefe do INSS relata que as pessoas hoje têm maior consciência e buscam proteção adicional na previdência aberta, sabendo que não terão renda elevada com a previdência oficial. Triste realidade!
Pois, os dados mostram que o segurado brasileiro perdeu as esperanças com a Previdência Pública e, por isso, aqueles que possuem condições investem suas economias nos fundos privados. Até porque, o governo oferece uma série de benefícios a quem adere a esse tipo de investimento! A propósito: qual a vantagem que o governo federal destina aos trabalhadores que estão vinculados ao Regime Geral? Responderei: o Fator Previdenciário, a inexistência de uma política de reajuste dos benefícios, a Desvinculação das Receitas da Seguridade, etc, etc, e tal!
Ao lado desses fatos incontestáveis, a palavra de um ex-ministro da Previdência coloca uma ‘pá de cal’ sobre o tema! A afirmação de que os segurados saberão que não terão uma renda elevada quando de sua aposentadoria revela o já imaginado: não há pretensão governamental de melhorias aos aposentados e aos aposentandos! A Previdência Pública agoniza, e a grande questão é: até quando?
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