Fator Previdenciário



 

BOCA NEWS
Dezembro de 2012

PRESSÃO SEM SUCESSO
 
    Nessa semana, a pressão de centenas de trabalhadores e aposentados para votação do fim do fator previdenciário pela Câmara não foi suficiente para dar andamento a proposta. Apesar do apoio de diversos líderes, a matéria não foi incluída na pauta de votação da Câmara e não tem prazo para ser votada. Há quase dois meses, as Centrais sindicais e organizações que representam os direitos dos aposentados pressionam os deputados a votar o projeto de lei.
    O principal motivo pra que não ocorra a votação: não há o aval do Palácio do Planalto para votar a proposta. O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), não concordou em colocar o projeto entre as matérias a serem votadas: “Respeitamos todos os interlocutores. A posição do governo é que não deva ser votada. Abre a possibilidade de milhões de ações judiciais a um custo de aproximadamente R$ 60 bilhões nos dias de hoje. Me comprometi a buscar a ministra [de Relações Institucionais, Ideli Salvatti] para que se estabeleça algum grau de contato com os demais líderes. Estou trabalhando para que a reunião seja na próxima terça- feira”, disse o parlamentar.
    Na última quarta-feira, ao longo de toda a tarde, os trabalhadores e aposentados montaram uma cruz simbolizando o fim do Fator. Os manifestantes contataram com o senador Paulo Paim (PT-RS) que ajudou a articular uma reunião emergencial com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Os aposentados debateram com Marco Maia, que "abriu o jogo" e confessou estar de "mãos atadas" para pautar o fim do Fator Previdenciário, pois o Governo não quer. Em resposta, cerca de setenta e cinco heroicos aposentados passaram a noite no Plenário da Câmara dormindo no chão, apenas com água e lanche. "Estamos fazendo a nossa parte. Nosso movimento está se organizando a cada dia. Nossa voz já começa a ser ouvida em todo o território nacional. Vamos continuar brigando para derrubar o Fator e por um reajuste maior a todos em 2013", disse o president e da COBAP, Warley Martins.
    O governo federal endurece com os trabalhadores e aposentados nas questões da votação do projeto que extingue o Fator previdenciário e do valor do reajuste dos benefícios superiores ao salário mínimo. A conduta da Administração é pautada pela concessão de desonerações na folha de pagamento das empresas e pela negativa em reajustar dignamente as aposentadorias. Qual é o critério? O que é levado em consideração pelo Palácio do Planalto?
    Os deputados dizem estar de mãos atadas! E a boca? Porque será que eles não falam as reais razões que impedem um tratamento adequado aos segurados do INSS? Veremos se o novo prazo, dado pelo líder do governo, se cumprirá! Alguém acredita?

 

sinditestrs

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *