Boca no trombone



BOCA NEWS

Na última quinta-feira ocorreu o movimento chamado Dia Nacional de Lutas, em razão da greve dos servidores públicos federais em todo o Brasil. A paralisação atinge várias instituições, como: Ministério da Saúde, Funasa, Polícia Rodoviária Federal, INCRA, IBGE, Polícia Federal, Anvisa, ANTT, fiscais da Agricultura dentre outros. As principais reivindicações são a reestruturação da carreira, reposição salarial, melhores condições de trabalho e aumento do número de servidores.
Na capital gaúcha, os representantes de diversas entidades fizeram uma passeata de duas horas desde a Avenida Padre Cacique até o prédio do Ministério da Fazenda. ‘O trajeto entre o Beira-Rio e o prédio da Fazenda significou um ato simbólico, pois o governo diz não ter recursos para dar aumento, mas disponibiliza milhões para a Copa do Mundo. E ainda bate recordes de arrecadação.’ justificou o presidente do Sindiserf/RS, Marizar Mansilha de Melo. Os principais aeroportos do país estão com a chamada ‘Operação Padrão’, onde as revistas são mais rigorosas nos passageiros e suas bagagens no embarque e desembarque. As paralisações em rodovias e repartições públicas aconteceram nas principais capitais do Brasil e devem continuar na próxima semana.
    Segundo a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) cerca de trezentos e cinquenta mil servidores estão de braços cruzados, divididos em vinte e seis categorias. Sendo que no Rio Grande do Sul, temos mais de seis mil profissionais paralisados. Os números demonstram a força do movimento e os reflexos no atendimento à população. Ou seja, como o Governo Federal tem prazo até o dia 31 para enviar a proposta de despesa com pessoal prevista no orçamento de 2013 ao Congresso Nacional devemos ter um ‘agosto vermelho’ no serviço público federal. E em ritmo lento!
    A legitimidade do movimento paredista é chancelada pelo texto constitucional, inclusive porque o Executivo federal não respeita o dispositivo que determina o reajuste anual dos vencimentos dos servidores. Dessa forma, a greve se mostra pré-requisito para uma negociação séria com o Palácio do Planalto, desde que respeitado o número mínimo de trinta por cento de funcionários no trabalho!
    No caso da ausência de reposição salarial anual, alguns questionamentos são inevitáveis: qual a prioridade do governo? Se a arrecadação é maior, o saldo nos cofres públicos também aumenta. Logo, o dinheiro no ‘caixa’ será utilizado aonde? Com quem? A Constituição e o bom senso mandam que os cidadãos e os servidores são prioritários. Será que essa opinião é a de Brasília? O mês de agosto trará a resposta!

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