Dia de Gente que Gosta de Gente!

“O dia a dia se torna tão corrido que esquecemos o quanto somos frágeis. No trabalho, tudo parecia automático: checar as ferramentas, seguir a rotina, pensar no que fazer depois do expediente. Mas, às vezes, algo acontece e te faz enxergar tudo de um jeito diferente.

Os dias que vieram depois foram estranhos. Eu ouvia o silêncio de casa como se fosse um alerta, sentia o peso de cada momento como se o tempo tivesse desacelerado de propósito. Meu filho, pequeno demais para entender o que estava acontecendo, parecia me olhar mais fundo, como se soubesse que algo havia mudado. Cada sorriso dele me lembrava de que eu quase não estive ali para ver.

Quando voltei ao trabalho, parecia que tudo estava diferente. Aquelas barreiras que eu sempre achava um exagero agora me pareciam uma fortaleza. As orientações que eu costumava ouvir com um pé atrás passaram a fazer sentido. O técnico, que antes parecia um ‘chato’ com tanta insistência, agora era alguém que eu respeitava sem precisar dizer.

Eu comecei a prestar atenção nos detalhes. Naquele aviso na parede que sempre passei reto. Na rotina de checagem que antes parecia uma perda de tempo. No cuidado de quem ajusta uma máquina ou coloca um EPI do jeito certo. Não era só um trabalho; era uma proteção invisível que a gente só percebe quando precisa.

Ao abraçar meu filho depois de tudo aquilo foi o momento em que eu entendi. Voltar para casa todos os dias é um privilégio. E esse privilégio só existe porque tem gente que, mesmo sem aplausos, está sempre cuidando da gente.

A vocês, técnicos de segurança, o meu respeito e a minha gratidão. Vocês fazem mais do que proteger; vocês nos dão a chance de continuar vivendo.”
Autor desconhecido.