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São Francisco25/09/2013 | 23h38

Prefeitura vai apurar se empresa onde ocorreu acidente tinha todas as licenças

Global Logística teria autorização para operar armazém de 5 mil m² onde ocorreu a reação química

Prefeitura vai apurar se empresa onde ocorreu acidente tinha todas as licenças Rodrigo Philipps/Agencia RBS

Investigação poderá confirmar se a carga que causou a fumaça era de nitrato de amônia pura Foto: Rodrigo Philipps / Agencia RBS

Claudine Nunes

claudine.nunes@an.com.br

Informações preliminares da Prefeitura de São Francisco do Sul são de que a empresa Global Logística, onde ocorreu um acidente na noite de terça-feira, teria autorização para operar armazém de 5 mil m² onde ocorreu a reação química. O que não se sabe ao certo é se a Global poderia trabalhar com o tipo de material que causou a fumaça, informação que o município vai começar a apurar a partir desta quinta-feira. O que já se sabe é que o local não passou por vistoria do escritório local dos bombeiros militares.

A Global Logística, dirigida por Claudio dos Santos, tem o empresário joinvilense Nelson Possamai (ex-gerente geral da Multibrás e atual presidente da Cia. Águas de Joinville) e a operadora ferroviária América Latina Logística (ALL) como sócios. A empresa atua há cerca de um ano com armazenamento de fertilizantes — material que ocasionou o acidente e há aproximadamente dez anos com contêineres.

O oficial de comunicação social da 5ª Região Militar e 5ª Divisão de Exército, capitão Marcelo Costa de Abreu, informou que só uma investigação poderá confirmar se a carga que causou a fumaça era de nitrato de amônia pura. Este produto, puro, precisa de autorização do Exército para ser manipulado no Brasil. O oficial já adiantou que a Global não tem o Certificado de Registro junto à Seção de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC) de Curitiba.

Mas se o produto estiver misturado com outra substância, torna-se um fertilizante, explicou o capitão, e neste caso, o registro não é necessário e o Exército não tem responsabilidade sobre a fiscalização. O comandante reforçou que será preciso esperar a investigação.

Possamai acompanhou o acidente desde a madrugada, quando foi acionado pelo sócio Santos.

— Temos tudo certo. Técnico de segurança, higiene. Ainda não sabemos o que ocorreu exatamente — disse na noite desta quarta.

A Global tem cerca de cem funcionários que atuam em duas unidades. Uma a 2 km do porto, local do acidente, e outra a 6 km do terminal marítimo. Esta última fica no pátio da ALL.

RAIO X
A Global Logística possui duas unidades de negócios em São Francisco do Sul nas quais trabalham cerca de cem pessoas.

Global 1
Distância do porto: 2 km.
Área: 60 mil m².
Área do armazém: 5 mil m².
Sobre a unidade: especializada em unitização/desunitização, movimentação de contêineres cheios e depósitos de contêineres vazios, interligando o modal rodoviário ao marítimo.

Global 2
Distância do porto: 6 km, fica junto ao pátio da ALL.
Sobre a unidade: especializada em movimentação de cargas industrializadas (recebimento e expedição) de contêiner
dry/reefer, cargas paletizadas e produtos siderúrgicos (bobinas, chapas e tarugos) através do modal ferroviário.

Fonte : www.clickrbs.com.br

 

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